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    quinta-feira, 17 de setembro de 2009

    Nippo Cult: Música japonesa I: Clássica e Folclórica

    A música japonesa pode ser subdivida em duas vertentes: a clássica e a folclórica. Dentro do ramo clássico temos diversos estilos que surgiram durante as diversas eras culturais da história japonesa.

    Música Tradicional Japonesa

    Era Nara

    Durante a era Nara (710-794) houve no Japão um forte intercâmbio cultural com a China. Neste período foi introduzido o Gagaku no Japão, que viria a se tornar a música da côrte japonesa.
    O desenvolvimento musical se deu na era seguinte, a era Heian (794-1192). As músicas que vieram do continente asiático passaram por um processo de sofisticação passando a ter características claramente japonesas. O Gagaku passa a ser cultivado pela nobreza. Ela é uma música solene muitas vezes acompanhado de dança, executado com instrumentos de sopro (Sho - harmônica, Hichiriki - flauta vertical de palheta simples, Ryuteki e Komabue - flautas horizontais), intrumentos de corda (Sô e Wagon - tipos de koto, harpas horizontais; Biwa - espécie de balalaika) e instrumentos de percussão (Taiko, Kakko, tsuzumi).
    Nas eras posteriores Kamakura (1192-1333) e Muromachi (1338-1573) houve o crescimento do teatro. Tendo como base as apresentações comicas populares (sarugaku) e as danças dos camponeses plantadores de arroz (dengaku) surgiu o teatro Nô. As peças eram acompanhadas por um coro de oito vozes (utai) e um conjunto instrumental (Hayashi) formado por uma flauta (Nôkan) e três tambores (ko-tsuzumi, ô-tsuzumi - tambores portáteis pequeno e grande, taiko - tambor fixo). O teatro nô era apreciado pela classe militar de alto escalão, que dominava o Japão na época.

    Era Azuchi-Momoyama

    A era Azuchi-Momoyama (1573-1603) apesar de curta foi muito fertil em termos culturais. Foi nesta época que houve o estabelecimento e a consolidação das diversas artes tradicionais do Japão como o Ikebana e a Cerimonia do Chá. Musicalmente houve um grande desenvolvimento nos instrumentos. As flautas antigas evoluiram para o Shakuhachi, o Sô usado no Gagaku com cordas mais flexiveis ficaram mais brilhante e se tornaram os atuais Koto, o antigo Biwa foi substituido pelo Shamisen espécie de banjo com três cordas percutidas por um plectro. A união destes três instrumentos formou o Sankyoku. As eras anteriores foram marcadas pelas guerras internas que terminaram com a entrada da era Edo (1603-1867). Com a ascensão da classe mercantil, o sankyoku adquiriu grande popularidade.

    Era Edo

    Durante a era Edo, a música para Koto chamado Sôkyoku, era tocado quase que somente pelos cegos, e pelas mulheres e jovens dos comerciantes mais abastados e dos militares de grau mais alto, fazendo parte de sua formação cultural. Na primeira metade do século XX, com o advento das gravações e do rádio, o Sôkyoku, sofreu um processo de popularização principalmente pelas mãos de Michio Miyagi que incorporou técnicas e arranjos inovadores na antiga música do Japão.

    Taiko

    O taiko é um tambor japonês que existe em vários tamanhos e é usado para tocar uma variedade de gêneros musicais. Ele vem particularmente sendo popular em anos recentes como o instrumento central de percussão que engloba repertórios baseados em uma variedade de cultura e festivais musicais do passado. O taiko é tocado por um largo tambor chamado kumi-daiko. Sua origem é incerta, mas pode ser deduzida entre os séculos VI e VII, quando uma figura de um baterista indica sua existência. China foi influenciada por seguinte, mas o instrumento e a música são de exclusividades japonesas. Taiko durante esse período foi usado em batalhas para intimidar seus inimigos e para comunicar comandos. Taiko continua a ser usado em músicas religiosas do Budismo e Shinto. No Passado os tocadores foram homems que estavam em ocasiões especiais e em pequenos grupos, mas ainda tocava taiko em festivais semi-religiosos como uma dança.

    Min'yō

    As músicas folclóricas japonesas (min'yō) podem ser agrupadas e classificadas de muitas maneiras mas é frequentemente conveniente pensar em 4 principais: canções de trabalho, canções religiosas (como sato kagura, uma forma shintoísta de musica), canções usadas para casamentos, funerais, e festivais (matsuri, especialmente Obon), e canções infantis (warabe uta).
    No min'yō, cantores são tipicamente acompanhados por três músicos que tocam alaúde conhecido como sangen, bateristas de taiko, e uma flauta chamada shakuhachi. Outros instrumentos que acompanham são flautas transversais conhecidas como shinobue, um sino conhecido como kane, um tsuzumi, e um instrumento de 13 cordas conhecido como koto. Em Okinawa, o instrumento principal é o sanshin. Esses são os instrumentos japoneses principais, mas os modernos, como guitarras eétricas e sintetizadores, é ainda usado nos dias de hoje, quando cantores enka fazem demonstrações das músicas.

    Okinawa

    Umui, músicas religiosas, shima uta, músicas dançantes, e especialmente katcharsee, músicas comemorativas, todas são populares.
    As variedades de músicas folclóricas de Okinawa são muitas.
    Primeiramente, as músicas folclóricas são frequentemente acompanhadas por sanshin quando estão na ilha principal do Japão, o shamisen acompanha também. Outro instrumento incluído é o Sanba (que produz um som similar ao de castanholas).
    Segundo, tonalidade. Uma escala pentatonica, que coincide com a maior escala das músicas orientais, é frequentemente ouvida no min'yō de muitas ilhas do Japão. Nessa escala o subdominante e tom líder (escala alterna de 4 e 7) são omissas, resultando em uma escala musical com meio-tempos entre cada nota. (Do, Re, Mi, So, La em solfeggio, ou escala em degraus 1, 2, 3, 5, e 6) Okinawa min'yō, entretanto, é caracterizada por escalas que inluem meio-tempos omissos na escala pentatonica, quando analisados com outras músicas. De fato, o mais comum da escala inclui 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7.

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